20/03/2015

O soluço de uma alma cansada.



Uma vida dividida em vários pedaços de mim, cheio de partículas de verdades e mentiras que sussurro a cada pedacinho que encontro, para uns afirmo que sim, para outros juro que não.
Como o soluço, que quanto mais me irrito, mais ele fica e me faz parecer bobo, como numa chuva correndo de terno em direção ao campo de futebol, sem nexo, sem razão... só impulso e desdém.
O puro suco da agonia de uma cabeça que não para nem para fazer sinal para o ônibus, silencio... nem lembro mais o cheiro.
Nem tenta entender, só acompanha e tenta não franzir a testa, por que até em meio a festa eu ando só, mas não sou só, ando lotado de corridas imaginarias que nunca entendo em que querem chegar.
Sou o filho justo do político safado, o Júnior que é filho de puta, o cara que tá, mas não faz parte do meio, o que canta rap em meio ao samba, chuta macumba e faz sinal da cruz ao passar no bar.