Só a sua voz já me arrepia...

Chego perto de você, e em minha mente uma enxurrada de pensamentos que inunda minha boca, que quer falar, mas não pode.

Falo com você só o convencional, mas e em mim fogos de artifícios explodem, mas não posso deixar que nem uma fagulha disso seja visto.

Minha paixão é louca, mudo meu caminho para te encontrar e com a cara mais lavada exclamar... “que coincidência...”

Nada... Fiquei na esquina esperando você aparecer...

E você veio, linda como sempre, me vê me dá seu beijo mais natural e em mim bandas de música desfilam como em um 7 de setembro.

Somos amigos... Pelo menos pra você, mas por que não conto o que sinto, por que não me declaro.

Medo! Medo de confundir as coisas e perder o que tenho, mesmo que o que eu tenho não é o que eu queira ter. Medo Esse que aumenta a cada comentário seu, cada relato de fim de semana...

E o pior é que sei exatamente como lhe fazer feliz, só você não enxerga isso...

Deixe-me viver sonhando, pois não agüento mais acordar e constatar que tudo aquilo não existe, e só sou feliz nos sonhos.

E eu que achava que isso era besteira

Com o tempo passamos por situações que nunca chamaram a atenção, até que...

Você vai ficando velho e vê que “barzinho e violão” é mais legal que passar uma noite inteira num lugar que fede a cigarro, que você bebe em pé e fica morto no dia seguinte.

Que os jogadores de futebol estão pensando em abandonar a carreira com a sua idade.

Que as crianças na rua quando querem chamar sua atenção te chamam de “Tio”.

Que as roupas dos adolescentes parecem excêntricas pra você.

Que o carro que lhe chama a atenção é o que todos vivem falando que é de tiozão.

Que as mulheres que você acha bonita tem no mínimo 10 anos a menos que você.

Que no seu carro tem pelo menos um CD com musicas rilex.

Que a sexta feira deixa de ser o dia mais importante e dá lugar ao domingo.

Se passam por essas idéias constantemente, sejam bem vindos a crise de idade, nela ficamos com um sentimento de “isso não é mais pra mim” que não passa nunca.

Rimos das histórias contadas pelos amigos do trabalho e vemos que cada vez menos contamos as nossas.

Mas como tudo nessa vida mutável, aprenderemos a ver o lado bom disso, só falta saber onde ele fica.

Apague mas não bata...

O desdém cada vez se mostra mais como a arma favorita dos incompetentes, vi um jogador de futebol falando que preferia ser reserva no clube X, do que titular no time Y.

E isso é complexo pois, todos adorariam jogar no tal time Y, e é bem comum vermos pessoas que por falta de capacidade, colocam o desdém como única defesa, mesmo que uma melhor preparação pudesse resolver esse fato.

Mas mesmo assim as pessoas se dedicam a declarar; ”como é bom estar aqui chorando”, quando sabemos que se elas se curvassem um pouco ao valor dos outros e deixassem suas “super qualificações” de lado, tudo isso seria só uma pagina a ser virada,

Seja verdadeiro, mesmo que isso mostre que naquele momento você não é o ser mais correto pra estar lá. Isso não significa que nunca poderá estar lá, pelo contrário, não é por que ficou em segundo lugar que não tem seus méritos pela luta.

Mesmo perdendo, saiba perder... apague mais não bata.

Chore mas chore por saber que podia dar mais, e não por que está triste.

Motive-se com o que acontece com você, e lembre-se que nem sempre o que acontece é o que nós queremos.

Deixe de ser sua própria ancora

Ancora é algo que serve para prender uma embarcação no fundo do mar, e assim, esta não seja arrastada para longe de onde seu capitão deseja estar.

Colocando em bases de pensamentos mais nítidas, somos os capitães de nossas próprias vidas, e navegamos em um mar cheio de outros barquinhos, maiores e menores. Queremos sempre ser os iates que tanto impressionam, mas quase sempre não passamos de pequenos botes.

Não por menosprezar, mas porque em uma seqüência gigantesca de histórias que se repetem, vejo pessoas que reclamam de onde trabalham, reclamam da vida que vivem, reclamam do tempo, reclamam de tudo.

Mas se perguntados, como mudariam suas atuais situações, esses se calam, pois não tem perspectiva de vida ou de mudanças, mas se colocam na posição de reclamar.

Se está em um emprego de “merda” é por que “És”, um profissional de merda, senão já teria mudado de emprego. 

Ou então fica a espera de uma intervenção divina para que as coisas melhorem, deixe de ser hipócrita, vá melhorar a si mesmo, para que sejas cada vez mais exclusivo e por essa exclusividade sejas reconhecido.

E não por suas palavras que saem cada vez com menos valor de sua boca.

Flecha... ou Arco...

Numa passagem rápida de canais na TV, parei num programa de entrevistas no exato momento que um dos protagonistas da conversa deferiu a frase que está em minha cabeça por um bom tempo.

Deixar de ser flecha para me tornar arco.

Sem muito nexo a primeira vista, mas que como uma luva se encaixou num momento que eu acredito que estou passando.

De parar de aparecer como o que realiza, para me tornar o que planeja.

Por muitas vezes nos detemos integralmente em ver onde a flecha acertou, mas não nos damos conta de que, se o arco não estiver alinhado, a flecha nunca acertará o alvo.

Deixar de ser protagonista é algo que o ser humano não aprende nunca, se adapta no Maximo, mas fazer isso com o maior prazer já é pedir demais.

Saber que o outro faz determinada coisa melhor que você, é algo que demora a ser gerado, mas aí é que deves dedicar teu pensamento, pois se há alguém que faz algo bem, é necessário que haja alguém que “carregue o piano”, “que acenda as luzes”, tente fazer disso algo prazeroso, pois nem todos têm as habilidades para a execução da musica com a mesma perfeição. E em muitos dos casos, ninguém saberá operar a maquina melhor que você.