28/01/2011

Deixe o tempo se encarregar disso.


Conheci um senhor há alguns anos, que como todos em sua idade, têm a normal meta de dar conselhos que ele mesmo nunca seguiu, mas tem todo fundamento.

E esse mesmo senhor numa dessas sessões de aconselhamento me falou a velha frase; “O que não tem remédio, remediado está” e ela se referia a um fato em especial que me atormentava outrora.

E com toda calma do mundo ele afirmava que em alguns casos, nosso nervosismo nos cega, e o que é nítido a todos se torna turvo aos nossos olhos. E o mais sábio a se fazer é esperar a “nuvem” que paira sobre os atordoados olhos se dissipe.

E o grande problema é ser sábio o bastante para saber esperar essa nuvem passar, em determinadas fazes de nossa vida somos afobados o bastante para transformar um pequeno problema corriqueiro em um insolúvel, só por não saber esperar as coisas se arrumem sozinhas.

Mas fazer o que? Acho que vou esperar ficar velho pra poder chamar para perto de mim os mais jovens e falar as respostas perfeitas para os problemas que eu mesmo, nunca consegui responder, e que eles também não vão resolver os deles, mas ai então serei o sábio da vez e assim o ciclo da vida se repetirá...

24/01/2011

Invisível


Nos últimos vi um filme interessante que me rendeu bons pensamentos sobre velhos conceitos.
Notei que as coisas invisíveis só as são, quando não sabemos o que elas representam; estranho? Nem tanto...
Tente imaginar como seria o vento se o pudéssemos ver, ou até mesmo os raios de sol, o som da voz... Que loucura completa seria tentar identificar a estes que quando invisíveis estão a nossa volta o tempo todo, mas mesmo sem que possamos ver, sabemos que estão ali. E não achamos que estes são invisíveis, pois sabemos como são formados e a finalidade de seu aparecimento.
Por isso deixo de duvidar das coisas que não posso ver, não por que elas não existam, mas por que eu ainda não tenho sabedoria para defini-las e assim tira-las da invisibilidade.

18/01/2011

Amigos?



Verdadeiramente não sei contar quantos “amigos” tenho a minha volta, isso por que só Deus e as dificuldades podem mostrar quem são os que me auxiliarão num problema ou dificuldade, e os que só vão lhe mandar força via scraps no Orkut.
Passo por um momento um tanto quanto, interessante, nada que não possa suportar ou que necessite de uma atenção especial dos que a minha volta posso ver.
Mas volto a afirmar que é interessante, pois as pessoas acham que você está fragilizado, e que a qualquer minuto vai começar a chorar pedindo um ombro, não nego a vontade de algumas vezes chorar, mas não por esse motivo, e sim por lembrar do meu IPVA, do Meu salário e coisas do tipo mas isso é vivido por todos e é por isso que temos dois ombros, para garantir que ninguém choraria ao relento.
Voltando ao estado, é bem legal saber que as pessoas que você menos espera também estão ali, e que lhe estendem a mão para um bom aperto matinal ou até mesmo para um abraço de bom dia.
Sei que nem todos que estão comigo chegarão a ler esse texto, mas quero aos que estão lendo e que se encaixam nesses feitios mencionados se sintam agraciados com um pequeno, mas verdadeiro muito obrigado por serem vocês.

17/01/2011

Flexibilidade

Houve um tempo em que eu acreditava que uma pessoa flexível era a que tinha condições de executar qualquer treinamento físico sem que este lhe gerasse contusões ou estiramentos.

Hoje minha idéia de flexibilidade também engloba um conceito moral e profissional, mesmo sabendo que nesse ultimo ela tem de vir com a companhia da paciência.

O melhor representante da flexibilidade é o vento, ele simplesmente ignora as barreiras e as contorna, mesmo que as frestas sejam menores que sua massa, com tempo ele as encontra e passa.

Seria possível então a nós meros coadjuvantes nessa vida ter a divindade ou o “poder “ de nos tornar flexíveis a esse ponto?

Ainda não tenho a resposta para mais esse questionamento, mas acredito que aos poucos ficamos mais maleáveis, e aí entendo que todos os sábios são velhos, pois só depois de passar por uma vida inteira de problemas e dificuldades é que se torna possível encontrar as respostas para os questionamentos que aparecem todos os dias.

14/01/2011

Arvore ou pássaro.

Como toda criança com uma infância com menos vídeo game e mais terra e lama, sempre sonhei em voar e dizia que se nascesse animal queria ser uma águia. E por muitas vezes nos portamos como tal, mesmo sem as belíssimas asas, mas as inesgotáveis possibilidades de escolha.
Voamos sem fim em direção a objetivos que nos aguçam a visão, nos jogamos em vôos rasantes que em muitas das tentativas são até bem sucedidos.
Mas com o passar do tempo nossas vidas vão mudando e nossos hábitos, sonhos e manias também mudam.
Já ouvi pessoas que odiavam um barzinho, dizer que “naquele momento” era o que mais queriam.
Afirmo, e hoje sem vergonha nenhuma, que estou me tornando arvore, e isso não é algo ruim, por mais apático que possa ser comparar-me a uma arvore. Pois a arvore também tem seu simbolismo positivo, como força, raiz e frutos.
E são os frutos e a postura que fazem da arvore também um bom exemplo, mas isso assim como na infância não me chamava à atenção, pois a maturidade só vem com o tempo. Hoje sei que minhas palavras são mais validas do que o dinheiro que em minha carteira passeia.
Somos enraizados a família, trabalho e responsabilidades, coisas essas que a águia podia simplesmente ignorar temporariamente.
Hoje deixamos de SER filhos, para poder TER filhos.
E ai são eles as novas águias que trilharão o mesmo caminho, e nós como arvoremos é que seremos os caretas da vez.
Afinal de contas somos só arvores.

07/01/2011

Um novo prisma.

Sempre há mais de um lado em cada situação, nosso cérebro nos impulsiona a ver o mais simples deles, pois é o que chama a atenção naturalmente, mas essa não é a única opção, sempre temos outro lado.

O complicado é crer que existe esse outro lado se não o vemos em primeiro plano, é aí que entra o segredo...

Um exemplo fácil de entender o que eu estou falando é quando você compra um carro, logo depois disso você vai ver uma quantidade enorme de carros iguais ao seu ou quando compra uma camisa diferente...

Isso se dá porque antes de adquirir esse artefato seus olhos só notavam o tal carro como mais um, e a camisa como a de alguém. Assim que você passa para o outro lado, enxerga com outros olhos, e é ai que quero chegar...

Assim como quando passamos por um problema e pra nós esse se apresenta como insolúvel, para quem o olha de fora de nossa vida ele não é tão grande assim. Claro que não estou falando que pessoas que não ligam para o que você está passando, mas sim de pessoas que estão próximas a você e assim como você sofrem com esse pesar.

É possível para eles, ver coisas que não vemos, pois eles estão do outro lado, e nem sempre isso é um facilitador de soluções, mas é uma possibilidade que é mostrada de uma forma diferente.

Por isso... Tente entender que mesmo que as coisas aparentemente nos amedrontem isso ainda não é o fim.

Observe mais a sua volta, de tempo para si mesmo e acredite... Sempre tem mais a nossa volta do que o que nossos enganosos olhos nos mostram...

06/01/2011

Afinal como é que se conta isso?

Mesmo sem tocar muito no assunto minha filha ta chegando, e com ela um mundo de duvidas e de medos que só quem passa pode contar.

Mas ai é que está a maior de todas as contendas...

Afinal são 9 meses, 9 luas, 42 semanas ou 294 dias?

É amigo... pra quem não sabe todas essas informações são rifadas ao vento para os futuros e pelo menos uma vez na vida, inexperientes pais. E o pior é não conseguir entender o porquê todos os profissionais do setor não se comunicam de uma mesma forma?

Acho que faz parte de toda a mística que envolve a natalidade, afinal ouvir que se a barriga é redonda é menina e se for pontuda é menino ou que se tiver azia é por que o neném tem cabelo demais, não é pra qualquer um.

05/01/2011

Ele morre...

Quando o Rei Lear morre no ato 5, sabe o que Shakespeare escreveu? Ele escreveu “Ele morre”. Só isso. Nada mais. Sem fanfarras, sem metáforas, sem palavras finais brilhantes. O ponto culminante da mais influente obra da literatura dramática é “Ele morre”. Foi preciso Shakespeare, um gênio, para escrever “ele morre”. E sempre que leio essas palavras, sou tomado por um desassossego. Sei que é natural ficar triste. Mas não pelas palavras “ele morre”, mas pela vida que vimos antes dessas palavras.

Mr. Magorium’s Wonder Emporium, A Loja Mágica de Brinquedos

Por mais que eu lembrasse essa história, e de como ela terminava, juro que não lembrava que o fim dela era e “ele morre”, veemente afirmava que era “e ele se foi”, mas como sempre Shakespeare me surpreende e me mostra a linha correta de seu pensamento. Não posso simplesmente ir, devo morrer.

Morrer para que outra flor seja plantada e para que outra história comece é necessário que uma termine. Mesmo sem sua permissão meu coração nutriu esperanças pretensiosas de um futuro duvidoso e improvável, mas fiz isso inconscientemente, peço-lhe perdão e fecho o livro para que uma nova história seja escrita em uma nova pagina.

Não tente apagar a anterior, só vire a pagina e siga escrevendo, pois ao tentar apagar esta, geraria borrões que jamais sairiam, e por mais linda que fosse a nova história, o leitor sempre iria tentar imaginar o que tinha sido escrito por baixo.

04/01/2011

Valor e Custo.

Relembrando os grandes ensinamentos do mestre Luiz Paulo do Nascimento que foi meu professor na época da faculdade, que sabia como ninguém fazer historia do dia a dia, se tornarem matéria de sala de aula.

Esses dias falando sobre uma compra, foi automático lembrar as aulas que mencionei, pois com esse tema não tenho duvidas que ele teria uma história na agulha para contar.

Qual a diferença entre Valor e Custo?

Fácil...

Valor é o que você dá ao que quer, e custo é o que os outros empoem ao que você quer.

Ou seja, quando achamos que algo é caro, é por que temos uma idéia de valor pré-estabelecido em nossa mente e quando esse valor é superior ao de nosso pensamento consideramos isso como algo caro.

Sou adepto ao antigo e agradável “vale o quanto pesa”, grande é caro e pequeno é barato e que me perdoe o mestre Luiz Paulo rsrsrsrs.

03/01/2011

O espaço vazio...

Quando compramos um vazo para colocar água, por mais bonito e ornamentado que ele seja isso é o que menos importa, pois é o espaço vazio dentro dele que realmente importa.

Estranho é entender que o que mais vale é o “Nada”.

E esse nada também pode ser em nossa vida, somos acostumados com os papeis principais, e os louros que as vitórias nos propiciam, mas é nos bastidores que o verdadeiro trabalho é feito, sei que todos fazem suas partes em nossa vida cotidiana, mas mesmo assim nosso subconsciente nos pede mais e mais.

Somos feitos do pó, e ao pó voltaremos, não levaremos a nossa casa, nosso carro, nossa TV de LCD recém comprada.

O “Tudo” e o “Nada” andam juntos, e não evitarão provar para quem quer que seja, que em um piscar de olhos um se transforma no outro.

Deus deu e Deus tira, nada é nosso, só usamos temporariamente.