27/04/2011

Dia de chuva.


Coração batendo baixinho, me engano até se não para as vezes, nenhuma novidade que me faça mudar de rumo, e voltam as velhas vontades, as velhas idéias.
Tento! Juro que tento! Tirar determinadas coisas de minha cabeça, mas elas insistem em voltar quando menos forças tenho pra lutar.
As musicas... O tempo chuvoso... O dia cinza...
Tudo me impulsionando a lembrar dessas besteiras.
Cadê o meu sol, que por vezes reclamo que me queima, cadê o suor que já tenho saudades de sentir escorrendo pelo rosto.
Volta meu dia normal...
Volta.
A rotina maquia minhas vontades, assim mantenho minha mente focada no que é correto.

12/04/2011

Só o silêncio...

Aqui dentro o tempo para... meus olhos não transparecem o frio que paira em minha alma, a minha volta pessoas e mais pessoas passam por mim.
O som que ouço é de vozerio, não me atento ao que falam... só me seguro o máximo pra não explodir.
Perguntam-me se estou bem...
Não respondo, só olho e balanço a cabeça... não quero falar...
Queria estar em um ofurô cheio de gelo, sem ninguém por perto... só o som da minha respiração.
Faço o possível, mas as pessoas insistem em  ficar me perguntando o que é que está acontecendo...
E mais uma vez, só olho...
Será que ninguém entende, será que ninguém passou por isso...
Sono!

La La La La...


Chega pra cá...
Vem me abraçar...
Peço até pra me desculpar...
Mas o dia hoje ta pedindo o mar...
Chega de trabalhar...
Vou zarpar...
Cantar e cantar...
Sem parar...
E quando cansar...
Saber que a noite vai começar...
O som vai rolar...
E você onde está!...
Chega pra cá...
Vem me abraçar...
Faz meu coração sossegar...
Nem que tenha que apanhar...
Mas afirmo que bom seria beijar...
Mas deixa pra lá...
O que vai importar...
É que quando voltar...
Vai me mostrar...
Que de mim nunca vai se afastar...
Por que dentro de mim sempre vai morar...

11/04/2011

Nem quis saber...


Saí correndo e nem olhei pra trás...
Na mochila colorida, as coisas mais importantes, meu caderno de desenho, minha bola de futebol, alguns bonecos e o indispensável, todas as minhas economias (R$12,50).
Fui em direção aos sonhos, sabia que meu erro era irrefutável e que sem duvidas seria severamente castigado.
Queria contar pra meus amigos que seria a ultima vez que eles me viam, mas segui. Mantive meu pensamento sóbrio e forte.
Parei exatamente no lugar mais distante que eu já tinha ido, em minha mente o tempo voava, essas horas já devem ter chamado os bombeiros.
Não quis saber, continuei andando, andando... até que veio o frio e a fome.
Meus lábios tremiam, minha barriga roncava, queria pedir informação, mas não ia dar pistas de minha fuga. Só agentes do FBI teriam ciência capaz de achar vestígios de minha empreitada, e novamente minha mente voava em como minha família iria viver sem mim.
Mas voltei a meu plano, tenho de ser homem. É isso que meu pai sempre fala, Homem.
Mas, sinto que a noite vem chegando, e a fome que outrora relatava, agora é insuportável.
Aborto a missão, volto correndo e minha maior preocupação vem a tona, quem está no portão... meu pai.
Terei que contar pra ele sobre minha nota vermelha, e que fui até a praça tentando fugir.
Será meu fim... no auge dos meus 11 anos de idade.
(Bom mesmo eram esses problemas)



08/04/2011

O meu suicídio parcial.


Hoje gostaria de matar um pouco de mim... Isso poderia começar pela retirada de sua aparição constante dentro de meus sonhos.
Sei que está em meu coração, e isso acaba sendo um pouco de mim.
E é aí que afirmo a necessidade de um suicídio parcial, onde eu pudesse matar esse pouquinho de mim que se chama você.
Não quero mais viver com você...
Já que o “com você” não é o “ter você” que eu tanto gostaria.

O de sempre.


Ultimamente estou com a sensação de que tudo que eu penso em fazer é adverso ao fluxo normal das coisas. E sinto que estou indo contra os conceitos “convencionais” que tanto me irritam.
Não entrarei numa escola e alvejarei um monte de gente só por que me acho incompreendido, sei que posso ser muito mais notado se expuser minhas idéias de uma forma mais branda, mesmo que nem todos a minha volta saibam que ler é a solução para uma educação falida que tenta inventar novos métodos de aprendizado fazendo com que os antigos como “ler” sejam visto como caretas.
Desde o inicio de minhas peripécias literárias, afirmo que não tinha em mente que as pessoas entrassem em meu blog e comentassem tudo que eu escrevo, afinal não sou a nenhum Surfistinha que conta suas excitantes aventuras sexuais.
Conto o cotidiano, o que todo mundo faz, o que todo mundo sente, e assim vou enchendo uma mochila de pensamentos, aguardando companhia para mais uma aventura, mesmo que essa seja voar em uma nuvem de idéias que corriqueiras, que ninguém tem paciência de relatar.

05/04/2011

Sentar no sofá num dia de domingo


Parece que nos dias que mais queremos ficar quietos é quando todos acham um imã de perturbação que aponta pra você. Se surge um problema em algum lugar... chame o fulano, se alguém bate com a cabeça e tem de ir pro hospital... chame o fulano, se querem uma idéia de como fazer algo... adivinha quem vão chamar...
Me deixem em paz... quero só ficar quieto, sentar no meu sofá e sentir o quanto ele é macio... ou até mesmo deitar na minha cama e ficar por lá até que ela me expulse.
Preguiça, má vontade, inutilidade, pode ser tudo isso... mas quero ter o direito de fazer as coisas quando me der vontade, não estou dando desculpas para não fazer, só acho que o seu relógio não é mais correto que o meu.
E outra... aprenda a fazer o que quer que façam pra você, afirmo que se sentirá muito bem por não precisar pedir nada.
Ficaremos felizes pois, não alterei meu plano diário e você agora se sente útil por fazer algo.