Como eu queria poder ser uma pessoa melhor! Luto para ser, as vezes até acho que sou, mas tenho uma "educação, doutrinação ou sei lá o que" que me faz voltar a ser o mesmo babaca de sempre, volto a ser rude, grosso, egoísta e cheio de outros adjetivos nada fofinhos, ser o grandão babaca que tem cara de mau, as vezes é bem mais fácil, sabe...
Dele, as pessoas já esperam tudo isso e nem se abalam, quando tento desconstruir isso, aí sim, crio uma tempestade louca de situações, que os dois lados de mim brigam incessantemente para ser mais fortes um que o outro.
Faço as coisas sempre achando que estou indo bem, que tô sendo um cara legal e logo vejo que o babaca venceu outra vez, na maioria das vezes é quando o estádio ta lotado, o gente boa não sabe falar em público, o babaca domina oratória, o gente boa é tímido e chora na maioria das vezes quando sente doer, o babaca é brabo, peita tudo e se faz invencível.
Esses “EUs”, são yin-yang, avessos um do outro, não se suportam e mal conseguem estar juntos.
No meio disso tudo ta o recipiente, hospedeiro ou a caixa de Pandora, que guarda essas bombas junto das flores e na maioria das vezes quando preciso pegar algo na caixa, eu não olho pra dentro dela e mal sei o que vem de lá.
O recipiente é a consciência, que quase nunca é consultada sobre o que será feito e também é quem fica com os boletos do dia seguinte do cara gente boa e do babaca saírem pros rolés deles, ambos tem seus saldos, positivos e negativos, mas o que quebra sempre é o recipiente.
Esse sim, é quem precisa se consertar, fazer terapia e curar o que a guerra deixou de campo arrasado.
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