Gente estranha...

Por tantas e tantas vezes acompanhamos os ponteiros do relógio girando para ter certeza que o tempo está realmente passando, mas acredito que nos últimos dias está diferente, os segundos tem se tornado menores e o tempo tem voado.

Não sei se a distancia de tudo tem influenciado nisso, ou a solidão gerada pela falta das pessoas certas que culminaram no deserto que os finais de semana tem se tornado.

Conto hoje as horas para que um fim de semana acabe, sendo que, por muitas vezes um fim de semana era o que eu mais queria.

Como as coisas mudam tanto... Se o sol que hoje queima seu rosto se for por mais de dois dias, você reclamará de sua falta.

Se a chuva que hoje lhe impede de sair, não cair por mais de um mês, amargaremos a sua ausência.

Se dependemos das coisas que reclamamos... Por que não entendemos estas na hora que elas acontecem...

Reclamamos do carro que temos, mas não conseguimos imaginar viver sem ele.

Gostamos de tomar banhos quentes e demorados, e reclamamos da conta de luz no fim do mês.

Comemos no McDonalds e saímos reclamando que aquilo só faz mal.

Vidinha louca essa de ser humano... Acho mesmo que teríamos mais chance de viver de forma menos conflitante se não tivéssemos que programar,pré datar e configurar nossa vida o tempo todo...

Não mecha nos meus carrinhos...

Chega um tempo em que as paixões viram relíquias, e não são mais vividas e sim admiradas.

Nós meninos brincamos com carrinhos quando pequenos, e esses pelo menos nas minhas histórias, voavam, saltavam precipícios de dimensões incalculáveis, passavam por dentro do fogo “esse provocado por mim, na maioria das vezes”, e mais uma infinidade de coisas possíveis somente quando se tem pouca idade.

Mas e quando os meninos crescem? Deixam de amar seus brinquedos fantásticos?

  

Jamais!

Eles se tornam relíquias, não se pode mais tocar, não se pode mais brincar com eles, pois eles agora fazem parte de um museu especial, o meu museu particular.

Nele se encontram as minhas figurinhas nos álbuns quase sempre incompletos, camisas de time que não cabem mais, bolas de gude, e também uma bicicleta ou o que sobrou dela.

Besteiras? Jamais...

São as minhas relíquias, e quase sempre que as vemos lembramos o quanto fomos felizes enquanto elas eram as titulares de nossa vida cotidiana.

Por isso não critique a forma infantil de me comportar, simplesmente entenda que estou me colocando numa posição que me possibilita aproveitar ao máximo, mesmo sem poder voar, mesmo sem poder saltar...

860km/h e 33 mil pés de altura.

Essas são; em minha opinião, as informações mais desnecessárias que podemos receber. Estou nesse momento lendo e corrigindo o que consigo do meu livro com meu desafinado português, e o comandante acaba de informar: (Senhores passageiros boa tarde, meu nome é “!@#$%¨&*()”, não me recordo o nome, mas é bonito, esses caras sempre criam pseudônimos bonitos, tipo Roger Swastinger quando na verdade o nome dele é Rogério Sebastião, mas como ele é o capitão coloca nele mesmo o nome que quiser...).

Ai... esse mesmo capitão do nome bonitinho informa: Estamos nesse momento atingindo nossa velocidade de cruzeiro, estamos a 860 Km/h e 33 mil pés de altura...

Alguém no mundo pode me informar o porquê ele fala isso, será que tem algum físico aeronáutico abordo, que fica com uma calculadora HP na mão, esperando para calcular se esse é o porto exato para o vôo? E que se ele achar incorreto vai levantar a mão e informar a aeromoça que deve passar ao capitão imediatamente que ele deve subir mais alguns pés pois de acordo com seus conhecimentos este, está em discordância com a ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil).

Fico pensando no caso de quem tem medo de voar, isso deve ser ótimo de ouvir né..., vou indicar na caixinha de sugestões que eles sejam um pouco mais sutis... algo do tipo...( Senhores passageiros boa tarde, meu nome é Marc Brandom, “Se agora sou eu o piloto, coloco meu nome como eu quiser”, estamos nesse momento, bem alto e voamos também numa velocidade bem legal. Fiquem tranqüilos, tenho família também assim como todos abordo e de maneira nenhuma derrubarei essa aeronave. Pronto... olha que coisa mais honesta...

Pense se no nosso dia a dia as pessoas não fazem o mesmo, ou o seu patrão chega pra você e diz; “Aqui está seu salário medíocre, sei que não vai durar mais que uma semana, mas é o que a empresa acha interessante lhe pagar mesmo sabendo que você se mata por nós”.

É amigo... acho que estamos sempre no meio de verdades que não queremos ouvir e mentiras que pedimos que nos contem.

Dividir e mesmo assim multiplicar...

O acaso parece estar brincando comigo, fazendo as coisas simples da vida se tornarem complicações infinitas, não entendo se o que tenho que fazer é realmente necessário agora ou se o que acho correto não vai parecer ilícito em alguns segundos só pra me constranger.

Acho que o mundo inteiro está tentando me pregar uma peça e que a qualquer momento vão cair bolas coloridas do céu e que todos os que eu amo vão aparecer com sorrisos lisos e gritar “tcharammm”.

Mas o tempo passa e ninguém grita, ninguém surge de traz das portas.

Juro que vou sair correndo, sem destino, mesmo que esse “sem destino” seja o fim do quarteirão e voltar, mas vou!!!

Deve haver alguma coisa que pode ser feita nesse caso, acho que chorar ficaria muito clichê e ficar em silencio seria muito depressivo. Acho que vou fazer o que ninguém espera ou o que até eu mesmo acho estranho. Vou sair por ai oferecendo meu sorriso, posso no inicio até não o mostrar com grande facilidade, mas em alguns segundos tenho certeza de que me fará bem, afinal só o que pode ser dividido e mesmo assim se multiplicar, é o amor que damos as pessoas a nossa volta.

Quero...

Uma casa com quintal gramado, um ford Fusion azul, um Ipad, e uma musica do Jack Jhonson com o meu nome, que se o meu filho for menino que seja canhoto e que chute bem, se for menina que faça voto de castidade até os 26 anos, que minha mãe viva pra sempre, que sempre que eu for a praia o sol esteja lindo, um cachecol do porto, uma pizza com 8 queijos, um adidas Fly Boy, um terno feio pelo Jack le Klair rsrsrs, uma cartola inglesa, uma loja da Redley, um sapato bicolor (estilo Carlinhos de Jesus), quero um jantar no Spoleto e um milkshake do Bob’s.

Se possível tudo no mesmo dia...

Depois dizem que a felicidade não se resume em palavras...

E o tempo passa...

Estranho é abrir os olhos e acordar em um lugar diferente...

Tem dias que a ficha demora a cair, de onde é que eu estou...

Nem sei mais como ligar pra casa, nem sei mais qual o código postal...

Onde é que se compra um jornal nessa cidade...

Quero mais tempo pra mim, mais tempo pra minha loucura cotidiana...

As idéias falham e o som que chega ao meu ouvido cada dia está diferente, mesmo quando toca a mesma musica...

Seria eu ou o mundo?

Seria o sol ou o vento?... Nem sei mais... e pelo visto, termino mais um texto sabendo menos do que quando iniciei...

Tempo tempo....

O pior é o querer

Quando queremos algo isso pode ser a melhor e pior coisa do mundo ao mesmo tempo, colocamos esse “querer” como meta e simplesmente nos esquecemos das barreiras impostas pelo mundo e até mesmo por nós. Somos enganados por um coração apaixonado que acha que uma montanha é apenas um montinho, e que podemos ultrapassá-lo com apenas um pulo...

E quando esse pulo não é o bastante...

Ai é a hora que a paixão se esfria e se torna consciência, podendo assim medir a montanha e assim calcular o verdadeiro tamanho do pulo.

Saiba que somos mais forte do que imaginamos e que aquela noite de choro vai acabar, que a dor também vai passar, que o sol vai brilhar e que o sorriso vai voltar.

Afinal TUDO passa, até mesmo o querer...

Lagrimas...

Não sei como você é a única pessoa que não compreende que uma lagrima não combina com o seu rosto.

Prefiro achar que uma única permissão poderia ser concedida, se essa for de alegria, e que com ela venha um lindo sorriso que clareie uma manhã preguiçosa de domingo.

Senão por esse motivo, a proibição está mantida...

Quero silêncio...

Isso mesmo, não me incomode... Não fale comigo... Hoje sou invisível.

Por que passo por isso; se sei que não sou assim... que na verdade gosto das pessoas, mas mesmo as que mais gosto, tem dias que me irritam.

Por que sou assim?...

Por que você é um espécime exclusivo e ninguém no mundo é igual a você, cabe a você entender como você é e descobrir a forma correta de utilizar essa maquina. Afinal não adianta ter um carro de corridas na garagem e não saber dirigir.

Encontre em você o ponto exato de coerência entre o que você quer e o que voçê pode fazer.

Saiba que os outros que e são a sua volta gostam de você, mas da forma original e não uma versão DARK, que você mesmo inventou, para fantasiar-se quando não está bem.

Acredite! você é um presente para os que estão a sua volta, por isso se enfeite e coloque a melhor roupa, afinal 50% do presente é a caixa.