23/09/2010

Não mecha nos meus carrinhos...

Chega um tempo em que as paixões viram relíquias, e não são mais vividas e sim admiradas.

Nós meninos brincamos com carrinhos quando pequenos, e esses pelo menos nas minhas histórias, voavam, saltavam precipícios de dimensões incalculáveis, passavam por dentro do fogo “esse provocado por mim, na maioria das vezes”, e mais uma infinidade de coisas possíveis somente quando se tem pouca idade.

Mas e quando os meninos crescem? Deixam de amar seus brinquedos fantásticos?
  
Jamais!

Eles se tornam relíquias, não se pode mais tocar, não se pode mais brincar com eles, pois eles agora fazem parte de um museu especial, o meu museu particular.

Nele se encontram as minhas figurinhas nos álbuns quase sempre incompletos, camisas de time que não cabem mais, bolas de gude, e também uma bicicleta ou o que sobrou dela.

Besteiras? Jamais...

São as minhas relíquias, e quase sempre que as vemos lembramos o quanto fomos felizes enquanto elas eram as titulares de nossa vida cotidiana.

Por isso não critique a forma infantil de me comportar, simplesmente entenda que estou me colocando numa posição que me possibilita aproveitar ao máximo, mesmo sem poder voar, mesmo sem poder saltar...

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