11/04/2011

Nem quis saber...


Saí correndo e nem olhei pra trás...
Na mochila colorida, as coisas mais importantes, meu caderno de desenho, minha bola de futebol, alguns bonecos e o indispensável, todas as minhas economias (R$12,50).
Fui em direção aos sonhos, sabia que meu erro era irrefutável e que sem duvidas seria severamente castigado.
Queria contar pra meus amigos que seria a ultima vez que eles me viam, mas segui. Mantive meu pensamento sóbrio e forte.
Parei exatamente no lugar mais distante que eu já tinha ido, em minha mente o tempo voava, essas horas já devem ter chamado os bombeiros.
Não quis saber, continuei andando, andando... até que veio o frio e a fome.
Meus lábios tremiam, minha barriga roncava, queria pedir informação, mas não ia dar pistas de minha fuga. Só agentes do FBI teriam ciência capaz de achar vestígios de minha empreitada, e novamente minha mente voava em como minha família iria viver sem mim.
Mas voltei a meu plano, tenho de ser homem. É isso que meu pai sempre fala, Homem.
Mas, sinto que a noite vem chegando, e a fome que outrora relatava, agora é insuportável.
Aborto a missão, volto correndo e minha maior preocupação vem a tona, quem está no portão... meu pai.
Terei que contar pra ele sobre minha nota vermelha, e que fui até a praça tentando fugir.
Será meu fim... no auge dos meus 11 anos de idade.
(Bom mesmo eram esses problemas)



Um comentário:

Aline T.K.M. disse...

Olá! Gostei muito da sua visita no meu blog, e aproveito para dizer que apreciei muito o seu também!

Um abraço!!

Aline - escrevendoloucamente.blogspot.com